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Título: Fenologia da Nosemose tipo C (Nosema ceranae) em colônias de abelha ibérica (Apis mellifera iberiensis): relação com a força da colônia
Título(s) alternativo(s): Phenology of Nosemose type C (Nosema ceranae) in Iberian bee colonies (Apis mellifera iberiensis): relationship with colony force
Autor(es): Ramos Junior, Milton Dias
Orientador(es): Domingues, Lucas da Silva
Palavras-chave: Abelhas
Mel
Marcadores genéticos
Bees
Honey
Genetic markers
Data do documento: 3-Jun-2019
Editor: Agronomia
Câmpus: Dois Vizinhos
Citação: RAMOS JUNIOR, Milton Dias. Fenologia da Nosemose tipo C (Nosema ceranae) em colônias de abelha ibérica (Apis mellifera iberiensis): relação com a força da colônia. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Agronomia) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, 2019.
Resumo: A abelha melífera (Apis mellifera L.) é um importante inseto para o equilíbrio dos ecossistemas, uma vez que promove a polinização de inúmeras espécies vegetais. Porém, as abelhas melíferas nas últimas décadas têm sofrido um grande declínio por diversos fatores, sendo um deles as doenças como Nosemose do tipo C (Nosema ceranae) e a Varroose (Varroa destructor) que têm vindo a propagar-se muito devido ao mercado apícola. Com isso, o principal objetivo do presente trabalho é investigar a relação entre a N. ceranaee a força da colônia, incluindo também avaliação das condições ambientais. Adicionalmente caracterizou-se molecularmente as colônias com o uso do marcador molecular, DNA mitocondrial (mtDNA), através da sequenciação da região intrergénica tRNAleu-cox2. A coleta de abelhas para a análise das taxas de infeção de Nosemose, tal como a avaliação das variáveis da força da colônia (número de quadros cobertos com abelhas adultas, número de quadros com criação, compactação da criação no quadro central, e taxa de infestação de V. destructor), realizou-se com uma periodicidade de dois meses, entre fevereiro a outubro 2018. Parâmetros como peso da colônia e condições ambientais (velocidade do vento, temperatura, precipitação e umidade relativa do ar), bem como monitoramento das condições internas (temperatura e umidade) foram registrados diariamente através de uma estação meteorológica vinculada às balanças automáticas e sensores higrotérmicos, respectivamente. Além disso, foi estimada também a produção de mel das colônias. A relação entre a força da colônia e taxa de infeção de Nosemose foi estimada através de uma análise de trilha usando um programa estatístico (GENES). Os resultados da caracterização molecular revelaram que 8 das colônias pertencem à linhagem C e 4 pertencem à linhagem M. Em relação à força da colônia, observou-se que, no verão, o número de quadros cobertos com abelhas adultas atingiu uma média de 15 por colônia, e no inverno esse número diminuiu para 7. O mesmo padrão foi observado para as variáveis número de quadros com criação e compactação da criação. Os pesos mostraram um aumento considerável de abril a agosto (estação ativa), com uma média de 37 kg de mel por colmeia. A monitoração interna das colônias mostrou um padrão de estabilidade maior para a temperatura e umidade, de abril a agosto, que coincide com a estação ativa. Em relação às doenças, não foi observado nenhum padrão de infestação de V. destructor. Porém, altas taxas de varroose ocorreram mesmo após o tratamento para algumas colônias (6 de 12). A taxa de infeção da Nosemose tipo C apresentou um padrão sazonal, com pico no início da primavera (80%) e outro menor no outono (52%). Os resultados da análise de trilha explicaram apenas 19% da taxa de infeção por N. ceranae. As variáveis da força da colônia, assim como a varroose, não demonstraram alta associação com a taxa de infeção por N. ceranae. Este estudo foi útil para compreender e determinar os níveis de infeção de N. ceranae nas colônias do nordeste de Portugal, contribuindo para um melhor conhecimento do comportamento deste microsporídio ao longo de um ano.
Abstract: The honeybee (Apis mellifera L.) is an important source of ecosystems balance since it promotes the pollination of several plant species. However, in the last decades, honeybees have suffered a dramatic decline due to several factors. Diseases, such as Nosemosis type C (Nosema ceranae) and Varroosis (Varroa destructor), have been widely spread due to commercialization of honeybees. Thus, the main goal of this work was to evaluate the relationship between N. ceranae and colony strength, including the evaluation of environmental conditions. Additionally, the colonies were characterized molecularly using mitochodrial DNA as a molecular marker. The variables, colony strength, number of frames with brood, brood solidness of central frame, infestation rate of V. destructor and collection of honey bees for the Nosemosis analysis was performed every two months between february to october 2018. Parameters such as colony weight and environmental conditions (wind velocity, temperature, precipitation, and relative air humidity), as well as, monitoring of internal conditions (temperature and humidity) were recorded daily through a weather station linked to the automatic balances and hydrothermal sensors, respectively. Additionally, the annual honey production of the colonies under study was estimated. The correlation between colony strength and Nosemosis infection rate was estimated with a path analysis using a statistical program (GENES). The results showed that the colonies studied were 8 colonies of the lineage A and 4 of the lineage M. Regarding colony strength, it was observed that, in the summer, the number of frames covered with adult bees reached an average of 15 frames per colony, and in the winter that number decreased to 7. The same pattern was observed for the variables number of frames with brood and brood solidness. The variable weights showed a considerable increase from April to August (active season), ended up with an average of 37 kg of honey per hive. The internal colony monitorization showed a higher stability pattern for the temperature and humidity, from April to August, which coincides with the active season. Regarding the diseases, no pattern of V. destructor infestation was observed, however, high rates of varroosis occurred even after treatment for some colonies (6 of 12). The infection rate of Nosemosis type C showed a seasonal pattern, with a peak in early spring (80%) and a smaller one in autumn (52%). The results of the track analysis explained only 19% of the N. ceranae infection rate, thus the colony strength variables, as well as, varroosis did not demonstrate high associations with the N. ceranae infection rate. This study was helpful to understand and determine the infection levels of N. ceranae on the colonies in the northeast of Portugal, contributing to a better knowledge of the microsporidium N. ceranae behaviour over the year.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30087
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