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Título: O sentido do trabalho para mulheres bancárias, pós licença-maternidade, na contemporaneidade
Título(s) alternativo(s): The meaning of work for women banking workers, after maternity leave, in contemporaneity
Autor(es): Lick, Ednair Arruda Cardozo
Orientador(es): Canopf, Liliane
Palavras-chave: Mulheres - Satisfação no trabalho
Mulheres - Emprego
Bancárias
Licença-maternidade
Women - Job satisfaction
Women - Employment
Women bank employees
Maternity leave
Data do documento: 16-Dez-2022
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: LICK, Ednair Arruda Cardozo. O sentido do trabalho para mulheres bancárias, pós licença-maternidade, na contemporaneidade. 2022. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2022.
Resumo: Na contemporaneidade, é crescente a participação das mulheres no mercado de trabalho. Elas têm exercido papéis relevantes nos diversos setores econômicos da sociedade. Entretanto, ainda enfrentam dificuldades não apenas para o ingresso em um emprego, mas também para a manutenção deste. As discriminações sofridas pelas mulheres ocorrem nos mais diversos setores produtivos. Especificamente no bancário, ainda persistem diferenças, tanto relacionadas aos salários para o desempenho de funções semelhantes às de homens, como discriminação quando o assunto é ascensão profissional. Somado a isso, as mulheres que retornam ao trabalho após a licença-maternidade passam a agregar ao trabalho produtivo a responsabilidade de cuidado para com o/a filho/a que até então não possuíam. Além de que, são desafiadas diariamente para a realização das atividades de forma rápida, com qualidade, em busca de resultados mediante uso de tecnologias as quais controlam suas tarefas. Por ser um assunto pouco explorado na academia e no mundo organizacional, a presente pesquisa teve como objetivo analisar o sentido do trabalho para mulheres bancárias, pós licença-maternidade, na contemporaneidade. De natureza exploratória qualitativa, esta pesquisa trouxe no referencial teórico estudos que tratam a respeito do tema em questão, apresentando um panorama do que se tem produzido na academia, com ênfase nos elementoschave: a mulher no mercado de trabalho bancário, maternidade e trabalho e os sentidos do trabalho. Utilizou-se a História oral, por meio de entrevistas semiestruturadas, com oito mulheres bancárias, de Curitiba (PR) e/ou região metropolitana desta capital, que se tornaram mães e retornaram ao trabalho após a licença-maternidade, entre 2019 e 2021 e são funcionárias de uma instituição financeira nacional. A partir dos dados coletados, as falas foram transcritas e transformadas em narrativas em primeira pessoa e a análise, com base na metodologia interpretativo-construtiva. Os resultados evidenciaram que o trabalho para essas mulheres passa por mudanças significativas após a maternidade, mudanças essas que vão desde a identificação com o que fazem, ponderação das decisões quanto ao encarreiramento, busca/manutenção de equilíbrio entre vida pessoal e profissional ao repensar das prioridades. A falta de tempo para maior dedicação aos filhos e para o aprimoramento profissional foi desvelado como elemento que causa certa angústia às participantes, assim como o sentimento de serem preteridas em processos para ascensão profissional. Como se tratou de um grupo restrito de mulheres que ingressaram na instituição pesquisada por meio de concurso público, para estudos futuros recomenda-se a ampliação para mulheres bancárias de instituições privadas. Ademais, consideram-se como contribuições principais deste estudo as reflexões acerca das mudanças de percepções das mulheres bancárias sobre o sentido do trabalho pós licença-maternidade acerca da possibilidade de as instituições garantirem às trabalhadoras que se tornam mães o aprimoramento e crescimento na carreira durante a jornada de trabalho. Destarte, oportunizar-lhes concorrer a diversos cargos em condições de igualdade com outras pessoas para que a maternidade não seja um critério de exclusão para a ascensão profissional, como revelado na percepção das participantes.
Abstract: In contemporary times, the participation of women in the labor market is increasing. They have played relevant roles in the various economic sectors of society. However, they still face difficulties not only in entering a job, but also in maintaining it. Discrimination suffered by women occurs in the most diverse productive sectors. Specifically in the banking sector, differences persist, both related to salaries for the performance of functions like those of men, as well as discrimination when it comes to professional advancement. Added to this, women who return to work after maternity leave start to add to their productive work the responsibility of caring for the child they did not have until then. In addition, they are challenged daily to carry out activities quickly, with quality, in search of results using technologies which control their tasks. As it is a subject little explored in the academy and in the organizational world, the present research aimed to analyze the meaning of work for women in banking, after maternity leave, in contemporary times. Of exploratory qualitative nature, this research brought in the theoretical framework studies that deal with the subject in question, presenting an overview of what has been produced in the academy, with emphasis on the key elements: women in the banking job market, maternity and work and the meanings of work. Oral history was used, through semistructured interviews, with eight women in banking sector from Curitiba (PR) and/or the metropolitan region of this capital, who became mothers and returned to work after maternity leave, between 2019 and 2021 and are employees of a national financial institution. From the collected data, the speeches were transcribed and transformed into first-person narratives and the analysis was based on the interpretive-constructive methodology. The results showed that the work for these women undergoes significant changes after motherhood, changes that range from identifying with what they do, weighing decisions regarding careers, seeking/maintaining a balance between personal and professional life by rethinking priorities. The lack of time for greater dedication to their children and for professional improvement was revealed as an element that causes some anguish to the participants, as well as the feeling of being passed over in processes for professional advancement. As this was a restricted group of women who entered the researched institution through a public tender, for future studies it is recommended to expand to female bank clerks from private institutions. In addition, the main contribution of this study is the reflections on the perceptions of women employees in banking about the meaning of work after maternity leave and that institutions can guarantee to workers who become mothers the possibility of improvement during the workday. Thus, it gives them the opportunity to run for different positions on an equal footing with other people and motherhood is not an exclusion criterion for professional advancement, as revealed in the participants' perception.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30908
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