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Título: Entre precarização e resistência: percepções interseccionais sobre o mundo do trabalho, tecnologia e reestruturação produtiva de mulheres jornalistas na região de Curitiba
Título(s) alternativo(s): Between precarization and resistance: intersectional perceptions about the labor world, technology, and productive restructuring of women journalists the region of Curitiba
Autor(es): Oliveira, Eliane Basilio de
Orientador(es): Casagrande, Lindamir Salete
Palavras-chave: Jornalismo - Aspectos sociais
Mulheres jornalistas - Curitiba (PR)
Negras - Jornalistas
Identidade de gênero no ambiente de trabalho
Feminismo
Mulheres - Emprego - Efeito das inovações tecnológicas
Civilização moderna
Tecnologia
Journalism - Social aspects
Women journalists - Curitiba (Brazil)
Women, Black - Journalists
Gender identity in the workplace
Feminism
Women - Employment - Effect of technological innovations on
Civilization, Modern
Technology
Data do documento: 31-Mar-2023
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: OLIVEIRA, Eliane Basilio de. Entre precarização e resistência: percepções interseccionais sobre o mundo do trabalho, tecnologia e restruturação produtiva de mulheres jornalistas na região de Curitiba. 2023. Tese (Doutorado em Tecnologia e Sociedade) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2023.
Resumo: As transformações tecnológicas e a reestruturação produtiva têm gerado, desde o início dos anos 1990, mudanças que contribuem para a precarização do trabalho jornalístico no país. Elas foram desencadeadas pela consolidação dos oligopólios das empresas de comunicação e pelo impacto das novas tecnologias da informação. Com isso, passou-se a exigir dos/as jornalistas o domínio de áreas diversas de sua formação básica, em muitos casos descaracterizando a profissão. Além disso, o jornalismo, antes dominado por homens, tornou-se uma profissão com um número cada vez maior de mulheres (brancas e negras). O objetivo desta tese foi analisar o impacto das mudanças tecnológicas e da reestruturação produtiva no jornalismo a partir da percepção de três gerações de mulheres (brancas e negras) que atuam como jornalistas em Curitiba e na Região Metropolitana. A pesquisa se fundamentou em duas grandes linhas teóricas: a perspectiva do materialismo histórico e dialético e as teorias feministas, incluindo os feminismos negros, utilizando a interseccionalidade como elemento de análise. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa de natureza descritiva/interpretativa, usando um questionário online e entrevistas em profundidade com 10 jornalistas mulheres selecionadas – cinco delas brancas e cinco negras. A tese buscou também verificar os impactos da pandemia sobre suas rotinas e suas formas de resistência. A pesquisa contemplou os seguintes conteúdos: jornalismo no Brasil: modernidade e mudanças tecnológicas; impactos da reestruturação produtiva no fazer jornalístico e no mercado de trabalho; relações de gênero e jornalismo; questões raciais e de classe no jornalismo; o mercado de trabalho na visão das entrevistadas; ações de resistência descritas pelas entrevistadas. Verificou-se, entre outras conclusões, que os efeitos das mudanças trazidas pela reestruturação produtiva e tecnológica têm sido intensos sobre o trabalho desenvolvido pelas mulheres, principalmente as mulheres negras. Além disso, a pesquisa apontou a permanência de elementos interseccionais que têm contribuído para a permanência das desigualdades de gênero, raça e classe no mundo do trabalho.
Abstract: Technological transformations and productive restructuring have brought about significant changes since the early 1990s, contributing to the precariousness of journalistic work in the country. These changes were triggered by the consolidation of communication company oligopolies and the profound impact of new information technologies. As a result, journalists are now expected to possess a diverse range of skills beyond their traditional education, often compromising the integrity of the profession. Furthermore, the field of journalism, which was once predominantly maledominated, has seen a notable increase in the number of women, both white and black, pursuing careers in this activity. The primary objective of this thesis was to analyze the profound impact of technological changes and productive restructuring on journalism, focusing on the perception of three generations of women (both white and black) working as journalists in Curitiba and the Metropolitan Region. The research was grounded in two major theoretical approaches: the perspective of historical and dialectical materialism, and feminist theories, including black feminisms, with intersectionality serving as a key analytical element. Employing a qualitative methodology of descriptive and interpretive nature, the study utilized an online questionnaire and conducted in-depth interviews with a select group of 10 female journalists, comprising five white and five black individuals. Additionally, the thesis sought to examine the repercussions of the pandemic on their daily routines and the forms of resistance they employed. The research encompassed several key topics, including journalism in Brazil: modernity and technological changes; the impacts of productive restructuring on journalistic work and the labor market; gender relations within journalism; racial and class issues prevalent in the field; the interviewees’ perspectives on the labor market; and the resistance actions described by the participants. Among the various conclusions drawn, the research unearthed substantial evidence of the profound effects resulting from the changes brought about by productive and technological restructuring, particularly impacting the work of women, especially the black ones. Moreover, the study shed light on the persistence of intersectional elements that contribute to the perpetuation of gender, race, and class inequalities in the realm of work.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31784
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