Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/32510
Título: Cultivo consorciado de milho e fabaceas para produção de silagem
Título(s) alternativo(s): Consortium cultivation of corn and legumes for silage production
Autor(es): Batista, Vanderson Vieira
Orientador(es): Adami, Paulo Fernando
Palavras-chave: Plantas - Efeito do nitrogênio
Solos - Teor de nitrogênio
Silagem
Plants - Effect of nitrogen on
Soils - Nitrogen content
Silage
Data do documento: 28-Fev-2023
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Pato Branco
Citação: BATISTA, Vanderson Vieira. Cultivo consorciado de milho e fabaceas para produção de silagem. 2023. Tese (Doutorado em Agronomia) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2023.
Resumo: A confecção de silagens mistas (planta inteira de milho e planta inteira de soja e/ou outras leguminosas), tem-se mostrado uma prática viável para elevar os teores de proteína bruta da silagem. Apesar da consorciação apresentar vantagens para o sistema de produção, esta técnica ainda é muito pouco explorada, sendo que existem muitas dúvidas sobre o arranjo de plantas a ser utilizado, bem como, o manejo de nitrogênio. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi desenvolver uma coletânea de trabalhos científicos, nos quais são mensurados produtividade de biomassa e aferidos parâmetros bromatológicos de forragem composta, sendo avaliados distintos arranjos de linhas, níveis e formas de aplicação de nitrogênio no cultivo consorciado de milho + leguminosas em relação ao cultivo em monocultura. Os estudos foram conduzidos na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, durante o período safra 2018/19 a 2020/21, em esquema fatorial de blocos com parcelas divididas + milho em monocultura. Foram implantados quatro experimentos a campo: 01 – Arranjo de linhas vs doses de nitrogênio (cultivo consorciado de milho e soja); 02 – Arranjo de linhas vs formas de aplicação de nitrogênio (cultivo consorciado de milho e soja); 03 – Arranjos de linhas vs espécies consorciadas (cultivo consorciado de milho e outras leguminosas) com controle mecânico; 04 – Espaçamentos entre linhas vs espécies consorciadas (cultivo consorciado de milho e outras leguminosas) sem controle mecânico. Os resultados indicam que para o estudo 01, o arranjo de linhas utilizado, influenciou no estande final de soja, consequentemente a produtividade de biomassa para silagem da leguminosa, teores de proteína bruta e a produtividade de proteína bruta por área (2019/20). A forma de aplicação de nitrogênio, inferiu apenas sobre a produtividade de silagem (milho, soja e total) na safra 2020/21, sendo superior em 1.202 kg ha-1 de silagem, quando o N é aplicado apenas na cultura do milho em relação aplicação de N em área total. Para o estudo 02, relatou-se que o arranjo de linhas utilizado, proporcionou diferença no estande, produtividade de silagem da soja e proteína bruta por área (safra 2019/20), enquanto que na safra 2020/21 houve interação entre os fatores avaliados para a produtividade de silagem da soja. Já o maior nível de adubação nitrogenada (150 kg N ha-1) exibe maiores valores de produtividade de milho e total de silagem e, maior produtividade de proteína bruta por área, em relação a não aplicação de nitrogênio (2020/21). No estudo 03, destaca-se que os consórcios milho + Crotalaria juncea e milho + Cajanus cajan apresentaram menor produtividade total de silagem em comparação ao milho em monocultivo na safra 2018/19. O Lablab purpureus (L.) Sweet apresentou produtividade total de silagem similar ao monocultivo, porém com maior teor de proteína bruta (13,5% vs 9,6%), o que resultou em 548 kg proteína bruta ha-1 a mais por hectare (2018/19). A C. juncea e S. deeringianum no arranjo de 90 cm, produziu 3.229 e 2.738 kg ha-1 de silagem a mais, em comparação ao de 45 cm (2018/19). As melhores condições de ambiente na safra 2019/20, gerou uma maior produtividade total de silagem, que foi similar entre os consórcios e o milho em monocultivo. Por outro lado (2019/20), os consórcios apresentaram maior teor de proteína bruta em relação ao milho em monocultivo, sendo que a C. juncea e o L. purpureus produziram 560 e 390 kg ha-1 de proteína bruta a mais que o tratamento em monocultivo, destacando-se como melhor opção de leguminosas para cultivo consorciado com o milho. O estudo 04 exibe que houve uma compensação entre a produtividade de massa seca das leguminosas e a produtividade de massa seca de milho de forma que, conforme a biomassa da leguminosa aumenta, a produção de biomassa de milho diminui. A produtividade total de biomassa foi semelhante entre o milho em monocultivo e o consorciado, exceto para C. cajan no 1º ano e L. purpureus no 2º ano. A produtividade de massa seca das leguminosas (silagem) foi similar entre 45 e 90 cm, em ambos os anos. Por outro lado, o milho apresentou maior rendimento de silagem (1.068 kg MS ha-1) no tratamento com 45 cm em relação ao de 90 cm, no 1º ano, e valor semelhante no 2º ano de avaliação. A C. juncea contribuiu com 33,8 e 29,8% do rendimento total da silagem, o que aumentou a proteína bruta de milho de 9,48 e 9,24% para 12,04 e 12,31%, no 1º e 2º ano; o que representa um aumento percentual de 21 e 25%, respectivamente. A produção de proteína bruta por área foi maior em todos os tratamentos consorciados em relação à monocultura de milho, exceto para o C. cajan no 1º ano de avaliação. No 2º ano, o melhor desenvolvimento e produtividade do milho, e a proteína bruta total por área diferiu apenas entre a monocultura de milho e C. juncea, que rendeu 618 kg ha-1 de proteína bruta a mais do que o milho em monocultura. Os estudos indicam que o cultivo consorciado de milho e leguminosas tem o potencial de elevar o teor de proteína bruta da silagem.
Abstract: Intercropped silage (whole corn plant and whole soybean plant and/or other legumes) has been shown to be a viable practice to increase its crude protein content. Although intercropping presents advantages for the production system, the technique is still very little explored, and there are many doubts about the arrangement of plants to be used as well as its nitrogen management. The objective was to develop a collection of scientific works, in which biomass yield and bromatological parameters were measured, evaluating different row arrangements, levels and nitrogen management in the corn-legumes intercropped in relation to its monoculture. The studies were carried out at the Federal Technological University of Paraná, Dois Vizinhos, during the 2018/19 to 2020/21 summer growing season, in a factorial scheme of blocks in subdivided plots + corn in monoculture. Four field experiments were updated: 01 – Intercropping row arrangement vs nitrogen levels (intercropping of corn + soybeans); 02 – Intercropping row arrangement vs nitrogen management application (cropping corn and soybeans); 03 – Intercropping row arrangement vs species (intercropping corn and other legumes); 04 – Spacing between rows vs intercropped species (cropping of maize and other legumes). The results indicate that for study 01, the row arrangement influences the final soybean population, consequently its biomass yield, crude protein content and yield per area (2019/20). However, the way which nitrogen was applied inferred only on the silage yield (soybean, corn and total) in the 2020/21 season, showing and yield increase of 1,202 kg ha-1 when N is applied only in the corn crop in relation to the application in the area total. Intercropping row arrangement at study 2 resulted in difference in the population and production of soybean silage and crude protein per area (harvest 2019/20) and during the 2020/21 harvest, there was interaction between the factors for soybean silage productivity. The highest level of nitrogen fertilization (150 kg N ha-1) shows higher values of corn yield and total silage, and higher crude protein yield per area, in relation to the non-application of nitrogen. In study 3, it is noteworthy that the intercropping corn + C. juncea and corn + C. cajan showed lower total silage yield compared to corn in monoculture in the 2018/19. L. purpureus showed similar total silage yield in relation to the monoculture, but with a higher crude protein content (13.5% vs. 9.6%), which resulted in 548 kg more crude protein ha-1 per hectare (2018/19). C. juncea and S. deeringianum in the 90 cm arrangement produced 3,229 and 2,738 kg ha-1 more silage, compared to the 45 cm arrangement (2018/19). The best environmental conditions in the 2019/20 harvest allowed greater total silage yield, with similar values between intercropping and monoculture. On the other hand (2019/20), the consortiums had a higher crude protein content in relation to maize in monoculture, with C. juncea and L. purpureus producing 560 and 390 kg ha-1 of crude protein more than the treatment in monoculture, highlighting as the best leguminous option for intercropping with corn. Study 4 shows that there was a trade-off between legume dry mass yield and corn yield, so that, as the biomass of the legume increases, the production of corn biomass decreases. Total biomass yield was similar between corn in monoculture and intercropping, except for C. cajan in the 1st year and L. purpureus in the 2nd year. The dry mass yield of legumes (silage) was similar between 45 and 90 cm row arrangements in both years. On the other hand, corn had the highest silage yield (1,068 kg ha-1). C. juncea contributed with 33.8 and 29.8% of the total silage yield, which increased the crude corn protein from 9.48 and 9.24% to 12.04 and 12.31%, in the 1st and 2nd year; which represents a percentage increase of 21 and 25%, respectively. Crude protein production per area was higher in all intercropped treatments compared to corn monoculture, except for C. cajan in the 1st year of evaluation. In the 2nd year, better corn development and yield, and total crude protein per area differed only between maize monoculture and C. juncea, which yielded 618 kg ha-1 more crude protein than maize in monoculture. Studies indicate that the intercropping of maize and legumes has the potential to increase the crude protein content of silage.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/32510
Aparece nas coleções:PB - Programa de Pós-Graduação em Agronomia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
consorciomilhofabaceassilagem.pdf5 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons