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Título: Avaliação preliminar da genotoxicidade de filtro solar comercial em Astyanax sp
Autor(es): Almeida, Diogo Albuquerque de
Vieira, Marjorie Emanoeli Lopes
Orientador(es): Ramsdorf, Wanessa Algarte
Palavras-chave: Água - Poluição
Testes de toxicidade
Astyanax (Peixe) - Testes toxicológicos
Radiação solar
Protetores contra radiação
Water - Pollution
Toxicity testing
Astyanax - Toxicity testing
Solar radiation
Radiation-protective agents
Data do documento: 4-Out-2013
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: ALMEIDA, Diogo Albuquerque de; VIEIRA, Marjorie Emanoeli Lopes. Avaliação preliminar da genotoxicidade de filtro solar comercial em Astyanax sp. 2013. 48 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2013.
Resumo: O aumento na produção e consumo, nas últimas décadas, de produtos contendo compostos responsáveis por absorver e/ou refletir a radiação UV, tem levantado dúvidas quanto aos impactos desses compostos no ambiente, de modo especial o ambiente aquático. Sendo assim, é de fundamental importância a realização de estudos que caracterizem os efeitos dos filtros solares nesse ambiente, permitindo que medidas sejam tomadas para a manutenção da qualidade dos recursos hídricos e sua biodiversidade. Estudos anteriores visaram a quantificação dos filtros solares em corpos d’água, bem como seus efeitos tóxicos em organismos aquáticos, porém seus efeitos genotóxicos ainda são pouco conhecidos. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo principal avaliar o potencial genotóxico de um protetor solar comercial, contendo os filtros solares benzofenona-3 e p-metoxicinamato de octila, utilizando peixes da espécie Astyanax sp como organismos-teste. A genotoxicidade foi avaliada pelo ensaio cometa, o qual detecta danos no DNA de organismos expostos a poluentes, que podem, em longo prazo, constituir mutagenicidade, carcinogenicidade ou letalidade. Foram realizados dois bioensaios, um agudo e um subcrônico com duração de 4 e 21 dias, respectivamente. Para isso, os exemplares de peixes foram dividos em cinco aquários diferentes e expostos ao protetor solar através da sua dissolução na água. Cada aquário recebeu uma concentração diferente do protetor solar, sendo elas: 10, 100 e 1000μg/L de p-metoxicinamato de octila e 23, 233 e 2333 μg/L de benzofenona-3 (Aquário 1, 2 e 3, respectivamente). Dois aquários foram utilizados para os grupos controle, um contendo somente água filtrada e outro contendo a base do protetor solar dissolvida em água, sem a presença dos filtros solares. Após o tempo de exposição os peixes foram anestesiados e sacrificados e realizou-se o ensaio cometa com seus eritrócitos. Através da análise estatística dos escores pelo teste de Kruskal-Wallis, no bioensaio agudo foram observadas diferenças significativas entre o grupo controle água e os Aquários 1, 2 e 3. No bioensaio subcrônico foi verificada a mortalidade de 11 indivíduos no decorrer dos vinte e um dias de exposição, ocorrida no grupo exposto à maior concentração, Aquário 1. A análise estatística dos escores no bioensaio subcrônico mostrou diferença significativa entre os grupos controle água e os Aquários 1, 2 e 3, assim como entre o controle gel e as diferentes concentrações. Esses resultados sugerem que o protetor solar pode causar danos ao DNA de Astyanax sp, tanto na exposição aguda, quanto na subcrônica.
Abstract: The increase in production and consumption, in the last decades, of products containing compounds responsible for absorbing and/or reflecting UV radiation, has raised concerns about the impacts of these compounds in the environment, especially the aquatic environment. Therefore, it is of fundamental importance to study the effects of sunscreens in this environment, allowing measures to be taken to maintain the quality and biodiversity of water resources. Previous studies aimed at the quantification of sunscreens in water bodies, and their toxic effects on aquatic organisms, but their genotoxic effects are still poorly understood. For this reason, this study aimed to evaluate the genotoxic potential of a commercial sunscreen containing sunscreens benzophenone -3 and ethylhexyl methoxycinnamate, using fishes Astyanax sp as test organisms. The genotoxicity was assessed by comet assay, which detects DNA damage in organisms exposed to pollutants which, in long term, may cause mutagenicity, carcinogenicity or lead to lethality. There were two bioassays, an acute and subchronic, lasting 4 and 21 days, respectively. Then, the fish specimens were divided into five tanks and exposed to sunscreen by dissolving it in water. Each tank received a different concentration of sunscreen, as follows: 10, 100 and 1000μg/L of ethylhexyl methoxycinnamate and 23, 233 and 2333 μg/L of benzophenone-3 (Tank 1, 2 and 3). Two tanks were used for control, one of it containing filter water and another containing only the base of the sunscreen dissolved in water, without the UV-filters. After the exposure time, the fishes were anesthetized and sacrificed and the comet assay was held with their erythrocytes. Through statistical analysis by Kruskal-Wallis test, the acute bioassay showed significant differences between the control group and the Tanks 1, 2 e 3. In subchronic bioassay was observed mortality of 11 individuals during the twenty-one days of exposure, which occurred in the group exposed to the highest concentration, Tank 3. Statistical analysis of the subchronic bioassay showed significant difference between the control groups and Tanks 1, 2 e 3, as well as between the control and the different gel concentrations. These results suggest that sunscreen may cause DNA damage in Astyanax sp, both in acute exposure, as in the subchronic.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/9094
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